#EstilistaNãoDesigndeModaSim

Meus pais aceitaram melhor que eu.

Oskar Metsavah(@oskarmetsavaht ), formando em medicina e Designer autodidata é outra referencia da nossa entrevistada.

“Ele é o fundador da Osklen, chamando sempre muito minha atenção, porque as evoluções tecnológicas na moda sempre tiveram primeiro muito ligados a guerras e depois muito ligado aos esportes; então a tecnologia de vestuário sempre estará primeira para o esporte e após entra no nosso vestuário, e este foi o primeiro brasileiro há fazer um pouco isso. Começou fazendo roupas para snowboard, salvo engano, e sabemos, para um brasileiro fazer roupa para snowboard, nada a ver (risos), mas depois, o mesmo partiu mais depressa para parte do surf, usando mecanismo tecnológico mais avançado, até mesmo porque é uma temática abordada em demasia em dias atuais, essa discussão sobre a quarta revolução industrial, o que assim como outros temas há divergência de opinião. Para alguns é apenas resquício da terceira revolução industrial. Enfim, acredito que Osklen é uma marca muito de referência global, por utilizar a tecnologia nas roupas deles, embasando suas ‘’construções’' toda embasa em estudos ecológicos, elevando o nível, utilizando e desenvolvendo couro sustentável, que é aquele que não compromete o futuro das próximas gerações. A mesma utiliza de cores que visam agredir cada vez menos o meio ambiente e trazer cada vez mais funcionalidade e conforto. Não podemos esquecer os institutos que surgiram em decorrência da Osklen e que são sustentados pela mesma, que visa o uso desses materiais ‘’diferentes’' e aprimoramento da escala de produção." 

 Com essas referencias do mundo da moda, que sempre investem em tecnologias para melhor desenvolver seu trabalho sem agredir o planeta. A nossa entrevistada se mostra preocupada com a maneira como o Brasil vem tratando os assuntos sérios. Questionada sobre como o descaso com a ciência afetaria sua futura profissão ela afirma que:

“Acho que vi provavelmente no Twitter, uma pessoa falando, e acho que é bem isso: ‘é muito incrível’, por causa da assessora que teve na Bienal a pessoa falou: ‘é muito incrível que os outros países no mundo estejam discutindo automação do trabalho, substituição da mão de obra por máquinas. aqui no Brasil a gente tá aí né (risos)! É discutindo se a terra e plana, se o aquecimento global existe e beijo gay. Eu acho muito problemático em todos os aspectos por um lado nos temos um governo que 95% das pessoas que estão ali não fazem ideia do que elas estão fazendo, nenhuma visão de nada do mundo e por outro lado, a gente tem uma oposição que não tá fazendo por onde sabe? eu acho que a nossa oposição tá muito presa em outras questões e não tá conseguindo enxergar o problema real e não tá fazendo proposições  sérias!”.

Uma matéria da Revista Exame de 2017, fala como “Tecnologia pode ajudar o Brasil a dar um salto na educação”. Trazendo dados importantes sobre como Tablets e uma internet rápida pode mudar a realidade educacional de uma cidade no interior do Pernambuco, além disso, como é problemática a realidade educacional do Brasil e como os governantes não investem em educação e tecnologia.

Por fim, a nossa entrevistada nos fala um pouco sobre o que ‘moda’ para ela:

“depende, moda é um termo que abrange um milhão de coisas, desde a comunicação visual, porque somos visuais e querendo ou não nós julgamos as pessoas pelo o que elas usam, não só no sentido pejorativo, assim que você olhar e achar que a pessoa mal ou bem vestida, mas a gente vai olha para uma pessoa e falar assim: nossa super estiloso; nossa comum; nossa deve ser advogado. tem gente que anda ai e dizem ‘nossa é advogada’, e a pessoa nem é, só pelos códigos, eu acho que tem essa questão comunicação visual, tem a questão de ser a segunda indústria no Brasil, a segunda que mais entrega, então é um movimento de capital muito grande na sociedade.”

      Redator: Isac Matinez (@martinezisac95)

Foto: João lucas
Camena mostrando seus croquis

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